segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Gêneros textuais: Quadrinho



Quadrinhos: Gênero Textual que utiliza desenhos e palavras escritas, que associados, levam o leitor a inserir conhecimentos próprios em sua leitura a fim de possibilitar um maior desenvolvimento de sua imaginação.


Quadrinho: O Sujeito no Facebook

Autor: André Felintro





Gêneros textuais : Resenha

RESENHA

Resenha descritiva: É um gênero textual onde o autor apresenta o conteúdo de um filme, livro, de um espetáculo ou peça de teatro sem expor nenhum juízo de valor ou crítica. Este tipo de resenha é um texto de caráter informativo.

Resenha do filme: A Rede social

Direção: David Fincher

Roteiro: Aaron Sorkin

Lançamento: 01 de Outubro de 2010 (EUA)

Resenha por : Ernesto Cáceres

GENIALIDADE CONTROVERSA

Toda época tem seus visionários, e no rastro de sua genialidade deixam um mundo diferente, porém, é raro que isto aconteça sem suscitar batalhas sobre o que ocorreu exatamente e quem estava presente no momento de sua criação. No filme “Rede social” do diretor David Fincher explora-se o momento da criação do Facebook, o fenômeno social mais revolucionário de nosso século, na visão e opinião dos jovens superinteligentes de Harvard, que afirmam ter estado presentes em seus inícios. O resultado é um drama repleto de criação e destruição, o drama evita mostrar um só ponto de vista, pelo contrário, segue narrativas enfrentadas mostrando verdades encontradas e relações sociais em continua transformação que definem nossa era.

O filme e baseado no livro de Comac Mc Carthy, colhe informações de diversas fontes que vão desde os corredores da Harvard ate os cubículos de Palo Alto no intuito de capturar as emoções e os embriagadores inícios que mudaria a cultura atual e o relato de como esta invenção uniu e depois separou este grupo de jovens revolucionários. No olho do furacão se encontra Zuckerberg (Jesse Eisenberg) o brilhante aluno de Harvard que concebeu uma página na Web que redefiniu o nosso tecido Social da noite para o dia; Eduardo Saverin que fora amigo íntimo de Zuckerberg e quem aportou o capital inicial para a empresa; Sean Parker o fundador da Napster que levou o Facebook para os investidores de alto risco do vale de Silício e os gêmeos Winklevoss,os companheiros de Harvard que afirmaram que Zuckerberg lhes roubara a idéia e depois o processaram demandando a sua titularidade.

Cada um dos componentes da história tem seu próprio relato, o que demonstra as múltiplas faces de um êxito do século XXI, tanto pela fantasia juvenil como pelas suas realidades finitas.

Numa noite de bebedeira em outubro de 2003, após ter levado um fora de sua namorada, Mark infiltrou-se no sistema da universidade para criar um site que contivesse um banco de dados de todas as meninas do campus para ir colocando a foto de duas, e perguntar ao usuário,”Qual é a mais gostosa?”ele batiza o site de facemash e instantaneamente se torna um grande sucesso ,alem de colapsar o sistema inteiro da Harvard suscitou uma controvérsia no campus devido a uma suposta misoginia do site na web, pela criação do facemash acusaram Mark de ultrapassar intencionalmente a seguridade do sistema ,violar os direitos do autor e a privacidade individual. No entanto, é naquele momento que nasce a estrutura subjacente do facebook. Pouco tempo depois Mark cria “thefacebook.com” que se dissemina como um vírus de computador em computador em Harvard depois por todas as Universidades Americanas logo para o vale do Silício e depois literalmente para o mundo inteiro.

Mas, no caos da criação nasce um apaixonado conflito de como e quando ocorreu tudo e para quem deveria ser o reconhecimento daquilo que claramente estava se convertendo numa das ideias mais originais do século um conflito que romperá amizades e que dará inicio a ações legais.

Os autores do drama criam a sensação de névoa criativa sobre uma história que atualmente está sendo escrita mostrando um estilo narrativo não-alienado e cuidadosamente construído que intencionalmente não toma parte que pelo contrario, apresenta um consórcio de narradores igualmente astutos onde cada um deles acredita estar com a razão que suas memórias particulares são as verdadeiras , ao mesmo tempo que deixam perguntas em aberto para o espectador acerca do que realmente ocorreu.



Gêneros Textuais: Artigo






Artigo: é um texto dissertativo e argumentativo que põe em discussão um tema abordado no intuito de sustentar ou refutar determidada ideia pressuposta quanto ao tema posto em discussão; portanto o autor deve sustentar seu ponto de vista através de informações coerentes e admissíveis.

Artigo: Rede, identidade e pluralidade cultural. (parte 1)
Autor: Rogério Dias

Rede, identidade e pluralidade cultural.


Redes sociais, termo já bem apreendido, sobretudo por jovens, ao redor do mundo, e que pressupõe uma estrutura organizada por pessoas, empresas ou demais organizações com um propósito, interesse em comum, ligadas assim, por afinidades, remontando mesmo as comunidades de bairro, as ONGs (Organizações Não-Governamentais) e a própria troca de informações, produtos e etc. entre empresas e governos, constituem essa tal “estrutura em rede”, entre pessoas, sendo delocada por meio do advento da hipermídia com todas suas ferramentas de facilidade, atrativos e afins, para serem realocadas no espaço da internet, trazendo-nos as redes sociais on-line, espaços na web (rede), nos quais pessoas com interesses em comum podem se aproximar – aquém de sua localização geográfica – e trocar informações diversas.
Na ultima década, o desenvolvimento, ascensão e recepção das mais diversas sociedades ao redor do mundo às redes sociais têm surpreendido em números; cada vez mais, um maior séquito fiel adere a sua rede social predileta com o intuito de encontrar pessoas, trocar todo o tipo de informações (pessoais, profissionais), conhecer novas pessoas, tal como disposto nos termos de privacidade destes serviços on-line, vejamos:
A rede social do orkut pode ajudá-lo a manter contato com seus amigos atuais por meio de fotos e mensagens, e a conhecer mais pessoas.”
Neste exemplo dado com um trecho dos termos de privacidade da rede social Orkut, uma pioneira a se difundir no Brasil, observa-se o modo como a empresa tece seu discurso de maneira a seduzir usuários, propondo encontros por interesses diversos e disponibilidade de uso de recursos de hipermídias abertos para qualquer pessoa e de qualquer idade.
Com o orkut é fácil conhecer pessoas que tenham os mesmos hobbies e interesses que você, que estejam procurando um relacionamento afetivo ou contatos profissionais. Você também pode criar comunidades on-line ou participar de várias delas para discutir temas atuais, reencontrar antigos amigos da escola ou até mesmo trocar receitas favoritas.”


Pode-se notar nas escolhas linguisticas realizadas nessa modalização enquanto recurso para sedução de novos participantes numa escala variável em gênero e idade, como um público jovem: “discutir temas atuais, antigos amigos da escola”; ou um público cujo marco de cognição social pode tomar como esposas, donas de casa: “até mesmo trocar receitas favoritas”.
Este discurso, parece não se repetir de igual modo nas demais redes sociais, que se atem antes, a questões contratuais entre a empresa e os usuários de seus serviços como o Facebook, expondo entretanto uma visão arrojada e que convida ao compartilhamento de conhecimentos “Nós estamos construindo o Facebook para tornar o mundo mais aberto e transparente”, como principio de expansão de ideias entre indivíduos em qualquer parte.
Nós estamos construindo o Facebook para tornar o mundo mais aberto e transparente, o que acreditamos que irá criar uma maior compreensão e conexão. O Facebook promove abertura e transparência, dando à indivíduos maior poder para compartilhar e se conectar, e certos princípios guiam o Facebook na prossecução destes objetivos. Atingir esses princípios devem se limitar apenas pelas limitações da lei, tecnologia e de evolução das normas sociais. Nós, portanto, estabelecemos estes princípios como o fundamento dos direitos e responsabilidades daqueles dentro do Serviço Facebook. “


Podemos assim identificar na escolha da linguagem utilizada um caráter mais formal, propondo interação em escala mundial tendo por única possível restrição as condições legais e/ou tecnológicas, o que se refere antes as condições de lugares para lugares. Dessa forma, pode-se antecipar que a ideia de Redes Sociais na internet já é algo concreto no dia a dia de considerável percentual da população mundial, o que dispensaria assim, a modalização de um discurso mais atrativo e sedutor.
Em verdade, basta acessar qualquer destas e outras páginas da web para constatar que dia após dia mais pessoas estão conectadas, realizam seus cadastros chamados perfis (profile) e o publicam para outras pessoas com os mais diversos objetivos.
Observando-se que em sua grande maioria os usuários destas mesmas redes são jovens, como demonstra os números publicados pela rede do Orkut apresentados como dados demográficos, acessíveis a partir do link: Sobre o Orkut, na própria página do Orkut.



Nestas duas redes aqui analisadas, os participantes tem a princípio a função de criar um perfil com o intuito de se mostrar na rede, expor quem é e seus interesses e, deste modo, uma boa parcela dos usuários se servem sobretudo da imaginação, criando perfis que muitas vezes não condizem com a realidade, exagerando-a ou minimizando-a, conforme o caso e interesse, tornando comum ainda, uma prática bem conhecia que é chamada de Fake (imitação), tratando-se este tão somente de um perfil falso usado para acessar a página de outrem sem que se deixe um registro de passagem, como entrar sem ser identificado, ou neste caso, identificado por uma imitação.
Indiferente as possíveis intenções dos usuários que criam seus fakes, mesmos entre os usuários comuns a prática de servir-se de inventividade é recorrente, selecionando as melhores fotos para a postagem em álbuns que ficarão on-line, isto é, a disposição de usuários ao redor do mundo, elaborando discursos para apresentarem-se ao outro – que não vêm e não conhecem-, selecionando músicas e vídeos que, ousando um pouco, servirá em primeira instancia de catarse, e a partir de sua realocação para um perfil pessoal nas redes sociais, bem servirá de metalinguagem do usuário responsável pela publicação.
Desta forma se evidencia a maneira como o novo lugar das práticas sociais, esse cyber-espaço-hipermidiático, abundante em linguagens é espaço também para uma ilusória formação social, compensatória de amalgamas concretizados no cotidiano, não importando de que ordem são estes.
Pluralidade Cultural
Tal como apontado acima, o público de maior expressão nestes espaços são jovens, tratando-se destes, é pertinente recordar e realizar um recorte biossocial e antropocultural chegando-se dessa forma aos jovens em formação inseridos no ensino formal, ou seja, estudantes das escolas públicas ou privadas.
Norteando as instituições que fornecem o ensino, nosso país possui um conjunto harmônico de leis (LDBEN) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, seus complementos e parâmetros, quanto a este ultimo, em 1998, foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), pelas secretárias de educação com o fim de fazerem jus ao titulo, ou seja, assim como a LDBEN tem por fim nortear as instituições, instruir e distribuir direitos e deveres acerca da educação nacional, os Parâmetros entram com a função de nortear os educadores em seu exercício, subdividindo esses parâmetros por disciplina e ciclo de ensino – como 5ª a 8ª série compreendendo o ciclo II de ensino – dentre os quais, há a publicação do parâmetro dos Temas Transversais, versando este sobre a transdisciplinaridade na escola com vistas a formação de cidadãos aptos a ingressar no mercado de trabalho e atuarem em sociedade, a iniciar pelo ensino fundamental de 5ª a 8ª séries.
OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de:
compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas
diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; • conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país; • conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo,
de etnia ou outras características individuais e sociais;
perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
utilizar as diferentes linguagens — verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; • saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. “


Justificando-se os Temas Transversais pela compreensão e inserção do jovem em formação na vida em sociedade.
O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política.
Nessa perspectiva é que foram incorporadas como Temas Transversais as questões da Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do Trabalho e Consumo.”


Delimitando aqui o papel das redes sociais e a atuação dos seus usuários nestas, é pertinente direcionar o olhar para a formação da identidade destes face a pluralidade cultural tal como observada pelos PCNs.
Antes porém, vale deter-se numa explanação mais clara sobre esses Temas Transversais no que concerne a tópica Pluralidade Cultura e seus objetivos e quanto a este aspecto, ainda nas Apresentações dos Temas Transversais pode-se ler o seguinte texto:
A transversalidade
Por serem questões sociais, os Temas Transversais têm natureza diferente das áreas convencionais. Tratam de processos que estão sendo intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano. São debatidos em diferentes espaços sociais, em busca de soluções e de alternativas, confrontando posicionamentos diversos tanto em relação à intervenção no âmbito social mais amplo quanto à atuação pessoal. São questões urgentes que interrogam sobre a vida humana, sobre a realidade que está sendo construída e que demandam transformações macro-sociais e também de atitudes pessoais, exigindo, portanto, ensino e aprendizagem de conteúdos relativos a essas duas dimensões.”


Esclarece-se dessa forma a regência transversal explícita nos parâmetros e que tocam questões que vão da saúde, orientação sexual à temática aqui discutida, a pluralidade cultural e, nesta, a formação da identidade. Focando agora no capitulo Pluralidade Cultural.
Partindo destas premissas expostas na articulação entre lei, parâmetros e diretrizes da educação, com ênfase em seus temas transversais, postos ao lado da exposição realizada sobre as redes sociais, podemos comparar tais dados com o intuito de se observar a constituição do jovem diante destas redes, tematica ainda não explorada pelo caderno de temas transversais dos PCNs e, que grandes proporções tem tomado no Brasil e no mundo com pouca reflexão sobre as representações e seus impactos na formação destes atores sociais em construção.
Segundo Bauman (2008), uma forte tendencia tem sido a da individualização da sociedade onde procuramos o outro no intuito de nos encontrarmos, assim, o dialogismo bahktiniano verte-se em catarse sem análise, sem auto questionamento; confugurando desta maneira os espaços de redes sociais na internet em espaços para as mais diversas trocas simbólicas de representação de si.








Gêneros textuais : Apresentação

A pesquisa do blog está diretamente ligada á teoria dos gêneros textuais, entendidos como as diferentes formas de expressão textuais, abordando as diferentes características de cada gênero, serão desenvolvidos, pelo grupo de trabalho, diversos textos em diferentes gêneros com o intuito de abordar o tema proposto pra que o tema seja analisado com uma visão mais ampla e possa ser visto por diversos ângulos e pontos de vista.

A proposta é interligar os textos para que o tema da Pluralidade cultural, que é o guia da pesquisa, seja mostrado de um modo amplo e variado a partir da “ Pluralidade textual” existente na nossa sociedade.



Por: André Felintro